Título
original: The Shining
Autor:
Stephen King
Tradução:
Betty Ramos Albuquerque
Número de
Páginas: 269
Editora:
Planeta DeAgostini
ISBN:
8574796433
Ano:
1997
Nota:
10/10
Sinopse:
Danny
Torrance não é um menino comum. Danny é capaz de ouvir pensamentos. Ele pode
transportar-se no tempo e olhar o passado e o futuro. Danny é um iluminado.
Maldição ou benção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do
hotel Overlook.
Quando Jack Torrance consegue o
emprego de zelador do velho hotel, todos os problemas da família parecem estar
solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeiras. Não mais o
sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny
livrar-se de vez das convulsões que assustam a família. Só que Overlook não é
um hotel comum. O tempo esqueceu de enterrar velhos ódios, cicatrizar antigas
feridas. O Overlook é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. O
Overlook é uma sentença de morte e quer Danny, e precisa dos poderes de Danny
para chegar ao fim.
A luta assustadora entre dois
mundos. Um menino e a ânsia assassina de poderosas forças malignas. Uma família
refém do mal. Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte.
Resenha:
Intenso.
É essa a sensação que tenho a respeito desse livro nesse instante em que acabei
de ler a ultima linha.
Quis escrever a resenha logo que
terminei a leitura porque a sensação é muito forte. Não estou sendo exagerada
quando digo que terminei “cansada”.
É tensão demais.
Antes desse livro, só tinha lido
um conto do King. Livro é o primeiro. E que livro.
Parece que as editoras fazem propositalmente letras
pequenininhas nesse tipo de livro para que cada página demore a ser lida, mesmo
que você esteja desesperada (com taquicardia) para ler a página
seguinte...
Jack
Torrance é o pai de Danny. O elo fraco da corrente. Visão distorcida do sentido
da palavra culpa. Nunca é dele.
“... Bisbilhotava, da mesma forma que sempre bisbilhotava a
vida dele, quando estavam em Stovington e Danny ainda era um bebê. Onde vai
Jack? A que horas volta? Está levando dinheiro? Quanto? Vai de carro? Al vai
com você? ... E assim por diante. Ela, perdoem a expressão, levara-o à bebida.”
Pág. 111
Apesar de todos os incidentes e
acidentes que ocorrem por culpa do próprio, ele nunca se sentia culpado. No
momento do acontecido sim, mas depois sempre achava uma desculpa que satisfazia
sua consciência. Quando finalmente larga a bebida, está acabado. Então seu
amigo lhe oferece um emprego. Ótimas expectativas, mudança de ares. Recomeço
para a família.
Mas Danny sabe que não é nada
disso, mas também sente que para o pai é a ultima chance. E ele ama demais o
pai. Sabe que não vai ser fácil, mas não tem a menor ideia do quão terrível
possa ser
“... (Não creio que possam atingi-lo são como desenhos de um livro...
feche os olhos e desaparecerão.)
Baixou as pálpebras. As mãos se cerraram. Os ombros se
curvaram com o esforço da concentração. (Nada ali nada ali nada ali, de jeito
nenhum NADA ALI NÃO HÁ NADA!)
O tempo passou. E ele começava a relaxar, começava a
compreender que a porta devia estar aberta, e que podia sair, quando as mãos
sem vida há anos, inchadas, cheirando a peixe, fecharam-se suavemente em torno
de seu pescoço, e o foram torcendo para que ele olhasse aquele rosto morto e
roxo.” Pág. 134
Às vezes eu parava de ler
simplesmente porque não queria ver o que acontecia depois. Sabe medo? Pois é. Sou
mole mesmo.
Mas daí, sou brasileira e não
desisto nunca...rs
E voltava. Mas entre mortos e
feridos (incluindo eu), o final parece que vai ser ruim, mas termina bem.
Um detalhe no estilo do King que
me chamou a atenção nesse livro que achei ótimo foi como ele xinga...rs
“... O operário passou para a esquerda, ainda buzinando, e
berrou ao passar pelo carro descontrolado. Mandou o motorista ir praticar algum
ato sexual anormal sem parceiro. Participar de sexo oral com roedores e
pássaros. Articulou seu desejo de que todos as pessoas de sangue negro voltem
ao continente de origem. Expressou sua sincera convicção do lugar que a alma do
motorista do Cadillac ocuparia depois de morto. Concluiu dizendo que achava ter
conhecido a mãe do motorista numa casa de prostitutas em New Orleans...” pág. 189
Elegante e educado. Rs
Enfim, um livro incrível.
Mostrando as fraquezas da alma e onde estão escondidos os pequenos tesouros da
vida. Leiam!
Eu irei ler algumas coisas bem
leves por um tempo para descontar o peso desse livro!!
Este livro é para o Desafio Realmente Desafiante n. 7!!
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