quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

[Desafios Literários] O Iluminado


Título original: The Shining
Autor: Stephen King
Tradução: Betty Ramos Albuquerque
Número de Páginas: 269
Editora: Planeta DeAgostini
ISBN: 8574796433
Ano: 1997
Nota: 10/10




Sinopse:
            Danny Torrance não é um menino comum. Danny é capaz de ouvir pensamentos. Ele pode transportar-se no tempo e olhar o passado e o futuro. Danny é um iluminado. Maldição ou benção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do hotel Overlook.
Quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador do velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeiras. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny livrar-se de vez das convulsões que assustam a família. Só que Overlook não é um hotel comum. O tempo esqueceu de enterrar velhos ódios, cicatrizar antigas feridas. O Overlook é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. O Overlook é uma sentença de morte e quer Danny, e precisa dos poderes de Danny para chegar ao fim.
A luta assustadora entre dois mundos. Um menino e a ânsia assassina de poderosas forças malignas. Uma família refém do mal. Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte.

Resenha:

            Intenso. É essa a sensação que tenho a respeito desse livro nesse instante em que acabei de ler a ultima linha.
Quis escrever a resenha logo que terminei a leitura porque a sensação é muito forte. Não estou sendo exagerada quando digo que terminei “cansada”.
É tensão demais.
Antes desse livro, só tinha lido um conto do King. Livro é o primeiro. E que livro.
Parece que as editoras fazem propositalmente letras pequenininhas nesse tipo de livro para que cada página demore a ser lida, mesmo que você esteja desesperada (com taquicardia) para ler a página seguinte...
            Jack Torrance é o pai de Danny. O elo fraco da corrente. Visão distorcida do sentido da palavra culpa. Nunca é dele.

“... Bisbilhotava, da mesma forma que sempre bisbilhotava a vida dele, quando estavam em Stovington e Danny ainda era um bebê. Onde vai Jack? A que horas volta? Está levando dinheiro? Quanto? Vai de carro? Al vai com você? ... E assim por diante. Ela, perdoem a expressão, levara-o à bebida.”  Pág. 111

Apesar de todos os incidentes e acidentes que ocorrem por culpa do próprio, ele nunca se sentia culpado. No momento do acontecido sim, mas depois sempre achava uma desculpa que satisfazia sua consciência. Quando finalmente larga a bebida, está acabado. Então seu amigo lhe oferece um emprego. Ótimas expectativas, mudança de ares. Recomeço para a família.
Mas Danny sabe que não é nada disso, mas também sente que para o pai é a ultima chance. E ele ama demais o pai. Sabe que não vai ser fácil, mas não tem a menor ideia do quão terrível possa ser

“... (Não creio que possam atingi-lo são como desenhos de um livro... feche os olhos e desaparecerão.)
Baixou as pálpebras. As mãos se cerraram. Os ombros se curvaram com o esforço da concentração. (Nada ali nada ali nada ali, de jeito nenhum NADA ALI NÃO HÁ NADA!)
O tempo passou. E ele começava a relaxar, começava a compreender que a porta devia estar aberta, e que podia sair, quando as mãos sem vida há anos, inchadas, cheirando a peixe, fecharam-se suavemente em torno de seu pescoço, e o foram torcendo para que ele olhasse aquele rosto morto e roxo.” Pág. 134

Às vezes eu parava de ler simplesmente porque não queria ver o que acontecia depois. Sabe medo? Pois é. Sou mole mesmo.
Mas daí, sou brasileira e não desisto nunca...rs
E voltava. Mas entre mortos e feridos (incluindo eu), o final parece que vai ser ruim, mas termina bem.
Um detalhe no estilo do King que me chamou a atenção nesse livro que achei ótimo foi como ele xinga...rs

“... O operário passou para a esquerda, ainda buzinando, e berrou ao passar pelo carro descontrolado. Mandou o motorista ir praticar algum ato sexual anormal sem parceiro. Participar de sexo oral com roedores e pássaros. Articulou seu desejo de que todos as pessoas de sangue negro voltem ao continente de origem. Expressou sua sincera convicção do lugar que a alma do motorista do Cadillac ocuparia depois de morto. Concluiu dizendo que achava ter conhecido a mãe do motorista numa casa de prostitutas em New Orleans...” pág. 189

Elegante e educado. Rs
Enfim, um livro incrível. Mostrando as fraquezas da alma e onde estão escondidos os pequenos tesouros da vida. Leiam!
Eu irei ler algumas coisas bem leves por um tempo para descontar o peso desse livro!!


Este livro é para o Desafio Realmente Desafiante n. 7!!








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